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AI pode apresentar-se de 3 formas: crónica; aguda, semelhante click here a hepatite aguda viral ou tóxica, podendo ser fulminante; assintomática, provavelmente subdiagnosticada ao não avaliar corretamente alterações das enzimas hepáticas. A HAI parece ser mais grave na criança do que no adulto, pois aquando da apresentação mais de 50% têm cirrose e as formas mais ligeiras da doença são muito menos observadas. Dos 33 casos de HAI agora apresentados, em 63,6% (n = 21) a forma de apresentação foi hepatite colestática aguda. Destes, 2 crianças tinham critérios de insuficiência hepática aguda, com necessidade de internamento
em cuidados intensivos. Cinco doentes eram assintomáticos, tendo sido detetadas alterações analíticas em exames de rotina. O curso mais agressivo da doença e relatos de que o atraso no diagnóstico e tratamento afetam negativamente a evolução levam a que se considere deverem ser tratadas com imunossupressores todas as crianças com HAI, de forma diferente ao Gefitinib datasheet que acontece no adulto1. Não existem estudos randomizados e controlados sobre tratamento de HAI pediátrica, mas vários
estudos com 17 ou mais crianças documentaram a eficácia de esquemas semelhantes aos utilizados em adultos6, 7 and 8. Apesar da gravidade inicial da doença, a resposta ao tratamento com corticoides, com ou sem azatioprina, é habitualmente excelente na criança, havendo normalização das provas hepáticas após 6-9 meses de tratamento, em 75-90% dos casos1. Na casuística apresentada
nesta revista, todas as 33 crianças com HAI iniciaram tratamento com prednisolona, tendo sido acrescentada azatioprina em apenas 8. Houve muito boa resposta à terapêutica, sendo de salientar que tratando-se de um centro de referência com transplantação hepática, existirá provavelmente um viés, com casos de maior gravidade. Ainda assim, e tal como é mencionado no estudo, houve melhoria com terapêutica médica em 6 crianças que tinham sido referenciadas para transplante. A prednisona é o pilar em praticamente todos os regimes GPX6 terapêuticos para crianças, sendo habitualmente administrada inicialmente, na dose de 1-2 mg/kg dia (até 60 mg). Os esquemas de regressão são muito variáveis. Em alguns centros tem sido advogado um rápido switch para regime em dias alternados, enquanto noutros a manutenção de uma dose baixa diária de corticoide é considerada essencial. Devido ao efeito deletério sobre o crescimento, desenvolvimento ósseo e aspeto físico de doses intermédias ou elevadas de corticoide, é habitualmente recomendada a associação precoce de azatioprina (1-2 mg/kg dia) ou 6-mercaptopurina (1,5 mg/kg dia) desde que não haja contraindicações. Não existe muita experiência com azatioprina isoladamente como terapêutica de manutenção, mas parece ser uma boa opção nos casos em que não se consegue suspender completamente o tratamento.